terça-feira, 21 de agosto de 2012

Saúde: Pimentas podem combater depressão, ajudar a perder peso e melhorar a circulação sanguínea.


Malagueta, dedo-de-moça, comari, biquinho, caiena, habanero, tabasco, jalapeño. Não faltam opções de pimentas para temperar e dar sabor aos alimentos. A variedade existente no Brasil e no mundo é ampla, tanto quanto os benefícios que elas podem propiciar ao organismo.

Atreladas a um estilo de vida saudável, essas picantes frutinhas (sim, para a botânica, pimentas são frutas) podem melhorar o humor, ajudar a emagrecer, aumentar a circulação sanguínea e agir como anti-inflamatórios.

Marcio Bontempo, médico homeopata e autor do livro “Pimenta e seus benefícios para a saúde” (Editora Alaúde), explica que os efeitos são resultados da ação da capsaicina e da piperina, agentes ativos, encontrados nos frutos, com comprovada ação vasodilatadora arterial.

As propriedades também aumentam a produção da endorfina, o hormônio do prazer e do bem-estar, e de outras substâncias também ligadas à satisfação, como a serotonina e a dopamina. "Para a mulher, a melhora na irrigação sanguínea e a elevação da serotonina ainda produz um efeito afrodisíaco", afirma.

Controla o peso e é antioxidante

A ação sobre o controle do peso se dá pela aceleração da queima metabólica. A pimenta-caiena é uma das espécies que ganhou popularidade ao ser utilizada com essa finalidade em uma dieta de desintoxicação e emagrecimento adotada por famosos, como Beyoncé, Jared Leto e Rachel McAdams.

Seus impactos sobre o metabolismo foram comprovados em uma pesquisa conduzida na Univesité Laval, do Canadá (Québec). Durante um período, voluntários consumiram uma pequena porção de pimenta-caiena no café da manhã e tiveram o apetite reduzido e a queima de calorias aumentada.

Graças à presença de vitamina C, licopeno e outros pigmentos, as pimentas ainda têm efeito antioxidante. "Juntos, eles promovem uma varredura de radicais livres desencadeadores do processo inflamatório", ressalta.

O engenheiro agrônomo Ademar Menezes Júnior, da Oficina de Ervas, avalia que o potencial fitoterápico do alimento é pouco explorado frente aos seus benefícios para a saúde. “Principalmente nos Estados Unidos, há diversos trabalhos acadêmicos que mostram que o extrato pode ser ingerido na forma de cápsulas e ainda transformado em creme para uso tópico. Em casos de artrite e artrose, por exemplo, causa uma analgesia no local. No couro cabeludo, pode até combater a queda de cabelos”, diz.

PIMENTA DEDO DE MOÇA

Quem deve evitar.
Quem sofre com refluxo, úlceras e gastrites deve evitar o consumo para não agravar o quadro. “É importante ressaltar que não são os agentes da pimenta que fazem mal. Pelo contrário, eles são benéficos e até previnem doenças como gastrite e esofagite. O problema ocorre quando o estômago já está debilitado. Como os frutos estimulam a produção de suco gástrico e, consequentemente, de ácido clorídrico, substância presente no suco, ocorre uma piora nas inflamações”, explica Ricardo Portieri, gastroenterologista do Hospital Bandeirantes.

O alimento também não é o responsável pelo desenvolvimento de hemorroidas, como muitos imaginam. “A doença é causada por outros fatores e as pimentas, assim como no caso das disfunções estomacais, agravam a situação. A ideia de que elas são a causa é um mito”, esclarece.

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