domingo, 4 de março de 2012

Para Maiores


     Sexo na Terceira Idade



 Quando se fala em idoso, logo se pensa num 'velhinho' sem forças ou numa 'velhinha' sentada fazendo tricô. Essa representação entra em choque com a atualidade, pois essas são imagens que não correspondem ao real. A grande maioria da população idosa tem características do envelhecimento sem estar nesse estereótipo. Não muito antigamente, quando a expectativa de vida era menor e, entre tais pessoas, poucos eram os que mantinham uma boa saúde, o aspecto sexual era outro. Muitos se confortavam com a chance de suspender o sexo respaldado numa referência socialmente construida.Todavia, pessoas idosas, relativamente saudáveis, que gostem de sexo, são capazes de aproveitá-lo. Hoje já se sabe que o interesse sexual é normal em todas as idades. Mas aquilo que no jovem é visto como sexualidade, no velho ainda há os que vêem como libertinagem. Pouco se falava sobre a sexualidade nessa época da vida. Pessoas de mais idade cresceram num ambiente de puritanismos “vitorianos” e mal informados, sentiam-se culpados em relação a qualquer sensação de excitação sexual. Vindos de uma educação repressora, viveram imersos em conceitos hoje considerados retrógrados onde o sexo era pecaminoso, sujo e com objetivo da procriação.
 A vivência da sexualidade na 3ª idade nada mais é do que a continuação de um processo que teve início na infância. São os sentimentos de cada um, aliados às alterações anatômicas e fisiológicas trazidas pela idade que modelam o comportamento sexual de tais pessoas.
E pelo fato da sexualidade ainda estar muito atrelada a reprodução ainda é difícil perceber a continuidade da sexualidade após determinada idade. Isso acontece mesmo depois do avanço da medicina que pode cuidar de algumas doenças capazes de prejudicar a sexualidade plena, como é o caso de artrites (em alguns casos, as medicações utilizadas em seu tratamento podem diminuir o desejo sexual. 
Com o homem a partir dos 40 anos a produção de espermatozóide diminui. Também há uma redução na produção da testosterona, porém de forma vagarosa e não muito acentuada. Ocorre também a diminuição da dopamina e um aumento da prolactina, o que reduz o desejo sexual. Há homens que manifestam crises com sintomas psicológicos como depressão e irritabilidade. A ereção torna-se menos rígida e mais lenta, havendo menor urgência de ejacular e um maior controle da mesma, o que pode ser um ponto positivo, pois ao prolongar o ato podem aumentar o prazer enquanto casal. Há uma diminuição do volume ejaculado e da força da ejaculação, uma queda da ereção mais rápida após a ejaculação, seguida pelo aumento do tempo do período refratário.Apesar de todos os estudos realizados, até hoje informações erradas envolvem a sexualidade após a idade madura. Fato é que a idade não dessexualiza o ser humano. Assim, não existe limites de idade para se conservar uma atividade sexual ainda que ocorram mudanças fisiológicas. A sexualidade é uma forma de expressar carinho e afeto, sentimentos que não tem idade. Os desejos podem se modificar, mas não terminam. E para tanto, basta que o corpo seja respeitado.

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